CBF discute com Governo emenda para liberar clubes a fazerem contrato de um mês

A medida é vista também com bons olhos pelos jogadores, pois muitos ficam sem emprego após os estaduais

A medida é vista também com bons olhos pelos jogadores, pois muitos ficam sem emprego após os estaduais

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Campinas, SP, 06 (AFI) – A pandemia do coronavírus pode causar uma “mudança” na Lei Pelé. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) discute com o Governo Federal uma emenda para liberar que os clubes assinem contrato com jogadores por apenas um mês.

De acordo com o Artigo 30 da Lei Pelé, o vínculo entre jogador e clube não pode ser menos de três meses. Isso é uma forma de dar uma segurança a mais ao atleta.

Com exceção de clubes que possuem calendário no segundo semestre, principalmente que disputam competições nacionais, os outros assinam contratos com os jogadores apenas para os Estaduais, que em sua maioria terminam entre maio e junho.

Clubes e jogadores podem assinar contrato por um mês (Foto: Ronaldo Barreto/Netlusa)

Clubes e jogadores podem assinar contrato por um mês (Foto: Ronaldo Barreto/Netlusa)

“Os grandes clubes possuem contrato com os atletas para o ano todo, mas não é isso que acontece com a maioria. Tivemos uma situação atípica que é o coronavírus, o tempo paralisado consumiu o prazo dos contratos e muitos jogadores ficam desempregados após o estadual”, disse o advogado Thiago Rino ao Portal Futebol Interior.

BOM PARA TODOS!
Thiago Rino acredita que a emenda que está sendo discutida entre CBF e Governo Federal seria bom para todos: os clubes poderiam terminar de disputar os estaduais e os jogadores conseguiriam pelo menos mais um mês de trabalho.

“Com essa medida, todos os jogadores que estariam desempregados teriam pelo menos mais um mês de trabalho. É uma ideia muito legal, muito válida, pois muitos atletas vão ter mais um mês de trabalho e os clubes poderiam terminar de disputar o estadual”, analisou Rino.

CUIDADO

O advogado, porém, alerta que as entidades não podem se aproveitar deste momento delicado para alterar a Lei Pelé de forma definitiva, prejudicando assim os jogadores.

“Seria positivo para todo mundo, mas isso precisa ser bem avaliado para que esse momento crítico não seja aproveitado para reduzir para sempre um mês. Tem que ser algo pontual”, finalizou Rino.

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