Cartolas se dividem e projeto clube-empresa pode se tornar grande fracasso no Interior
Por falta de diálogo, um projeto de clube-empresa está ruindo em Ribeirão Preto ao contrário do sucesso do Bragantino-Red Bull
Por falta de diálogo, um projeto de clube-empresa está ruindo em Ribeirão Preto ao contrário do sucesso do Bragantino-Red Bull
Ribeirão Preto, SP, 3 (AFI) – Ao contrário da bem-sucedida parceria entre Bragantino e Red Bull, que promete dar frutos e títulos ao longo dos próximos anos, um outro projeto está prestes a naufragar também no interior de São Paulo.
Por falta de diálogo, visão, vaidade e muita intervenção política a ideia de clube-empresa do Botafogo, de Ribeirão Preto, corre sérios riscos de sobreviver. Pode virar pó, como resultado de um grande incêndio.
De um lado está o investidor Adalberto Baptista, dono de um dos maiores conglomerados da indústria farmacêutica, que investiu pesado nos últimos anos no clube, inclusive com um projeto de revitalização do estádio Santa Cruz.
Baptista, ex-dirigente do São Paulo, com 15 anos de experiência no futebol, é presidente do Conselho de Administração S/A.
Ex-conselheiro e ex-diretor do São Paulo, Baptista teria investidos perto de R$ 10 milhões no clube e poderia aportar mais R$ 30 ou R$ 40 milhões. Tanto que criou a Arena Eurobike.
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PRESIDENTE REPUDIA
De outro lado, o presidente do clube, eleito pelos conselheiros, Dmitri Abreu. Nesta segunda-feira ele repudiou o longo pronunciamento feito sexta-feira por Baptista. Ao mesmo tempo, estendeu a mão para um acordo, que seria o melhor para o futuro do clube.
A questão está aberta e resta saber se os cartolas vão ter a capacidade de decidir em prol do Botafogo Futebol Clube e não de interesses escusos ou pessoais.
REGULAMENTAÇÃO NECESSÁRIA
A verdade é que a tendência do futebol brasileiro é criar novas parceiras e funcionar como clube-empresa como previa a Lei Pelé em 1998.
Acontece, porém, que até hoje não houve a regulamentação de como isso aconteceria.
As regras iniciais apresentadas naquela época, são totalmente equivocadas, e abriram espaço para que os maus dirigentes se mantivessem na briga pelo poder dos clubes.
APELO EM BRASÍLIA
Diante do impasse, recentemente, o novo presidente da CBF, Rogério Caboclo, tem feito inserções junto à Câmara Federal para que a regulamentação seja aprovada o mais rápido possível, permitindo o investimento nos clubes, principalmente vindo do exterior.
Para tanto, os investidores precisam ter garantias de que alguns milhões investidos não desaparecerão em mãos perigosas. Ou sumir como uma agulha num palheiro.
