Blog do Lu: Se foi um teste, vimos que não deu certo

Ser bonzinho apenas não basta para jogar uma Copa do Mundo. Pagar essa relação humana com uma escalação, definitivamente, não é o ideal para uma competitiva disputa.

Mas o que se viu é que na Seleção a cobrança e o peso é muito maior. Vestir a camisa do Brasil é mais difícil que apenas jogar

Camarões 1 x 0 Brasil
Ederson olha a bola entrar em suas redes. Foto: Rodrigo Villalba

Por LUCIANO LUIZ
Enviado Especial – FUTEBOL INTERIOR

Doha, Catar, 2 (AFI) – É lógico que não tínhamos a força máxima diante de Camarões, mas o que ficou claro é que jogo é jogo e treino é treino ainda mais em Copa do Mundo. Independente do volume ou ritmo que você queira impor em um treinamento, jamais ele será comparável a uma partida oficial e por isso sentimos a falta de ritmo e entrosamento da equipe que atuou nessa partida.

Não quero nem entrar no individual de cada atleta, já que todos possuem predicados para serem convocados. Mesmo que sempre tenha uma divergência em relação a um ou outro, o que é absolutamente normal, mas o que se viu é que na Seleção a cobrança e o peso é muito maior.

VESTIR A CAMISA DA SELEÇÃO…
Vestir a camisa do Brasil e representar em campo é mais difícil que simplesmente jogar. A Seleção traz uma pressão gigantesca que, além de vir com a necessidade da vitória, ainda vem com um futebol arte que há muitos anos eu reputo que nem exista mais. Porém, cobrá-lo é quase um mantra por parte da torcida e imprensa.

Não gosto de citar nomes individualmente, mas alguns jogadores podem ser bons de grupo, respeitadores e fiéis ao treinador. Mas para jogar uma Copa do Mundo só isso não basta. Pagar essa relação humana com uma escalação, definitivamente, não é o ideal para uma competitiva disputa.

Camarões 1 x 0 Brasil
Camarões derruba o Brasil. Não ficou bom. Foto: Rodrigo Villalba

JOGADORES QUEIMADOS
Bem, acredito que dos atletas que atuaram hoje, poucos voltarão a campo até o final do mundial e que o nível da equipe principal que iniciou contra a Sérvia é bem maior que a de hoje, portanto vamos acreditar em um confronto diante da Coreia do Sul com muito mais agressividade no ataque, criação no meio e segurança na defesa.

Eu acredito no hexa, até porque o diferencial que busco na seleção brasileira eu não encontro em nenhuma outra seleção. É só ver que das dezesseis seleções que avançaram para a segunda fase, nenhuma conseguiu a “façanha” de passar com cem por cento de aproveitamento.

Isso mostra que definitivamente não tem nenhum fantasma na Copa do Mundo e que a disputa está absolutamente aberta.

Se temos nossas limitações, nossos concorrentes também vivem seus dilemas particulares.

Logo….segue o jogo !!!

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