Atacante do Bahia é vítima de racismo e clube se manifesta

Jogador teve o número de telefone vazado nas redes sociais

Bahia publicou na tarde desta sexta-feira (14), um pronunciamento repudiando ataques racistas

Atacante do Bahia é vítima de racismo e clube se manifesta (Foto: Rafael Rodrigues / EC Bahia)
Atacante do Bahia é vítima de racismo e clube se manifesta (Foto: Rafael Rodrigues / EC Bahia)

Salvador, BA, 14 (AFI) – O Bahia publicou na tarde desta sexta-feira (14), um pronunciamento repudiando ataques racistas sofridos pelo atacante Ademir nas redes sociais. Segundo o Tricolor, familiares do atleta foram vítimas de ameaça.

“Obrigado, EC Bahia, por todo apoio, é uma honra fazer parte e representar esse clube em sua essência. Os ataques rapidamente passaram de ofensas para ameaças contra mim e a minha família até chegar em racismo”, respondeu Ademir, após a publicação do Tricolor.

Nas redes sociais, o atacante fez uma postagem em desabafo, revelando que seu número de telefone foi compartilhado em grupos na internet. Os ataques tiveram início após uma suposta provocação ao Vitória, no entanto, o atleta afirmou que jamais provocou o clube rival.

Atacante do Bahia é vítima de racismo e clube se manifesta (Foto: Rafael Rodrigues / EC Bahia)
Atacante do Bahia é vítima de racismo e clube se manifesta (Foto: Rafael Rodrigues / EC Bahia)

Confira nota oficial do Bahia

“O Esporte Clube Bahia SAF vem a público repudiar os lamentáveis ataques racistas ao atacante Ademir, além das ameaças à família do atleta, nas últimas horas. Rivalidade é algo muito diferente das manifestações com teor agressivo e que configuram crime, de maneira indubitável, conforme a legislação brasileira. O clube já vem dando todo o suporte jurídico ao jogador para que os responsáveis sejam identificados e respondam pelos condenáveis atos”.

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Confira a nota divulgada por Ademir

“Depois de uma mentira envolvendo o meu nome viralizar nas redes sociais, meu número foi compartilhado em grupos de torcida na noite de ontem (13) e passei a receber uma série de mensagens ofensivas. Os ataques rapidamente passaram de ofensas para ameaças contra mim e a minha família até chegar em racismo.

Tudo isso ultrapassa qualquer limite e não pode ser normalizado no futebol ou em qualquer outro lugar. Rivalidade faz parte do jogo, mas racismo e ameaças são inaceitáveis, por isso, eu sempre lutarei contra o preconceito e, principalmente, pela segurança e integridade física da minha família.

Eu nunca fui um atleta com perfil de provocação e seguirei dessa forma, honrando a camisa do Bahia com responsabilidade. É lamentável ver uma fala distorcida e, pior, sendo usada como combustível para discursos de ódio e violência. O futebol é paixão, disputa, rivalidade, mas nunca pode ser sinônimo de ameaça e preconceito. Nunca vou aceitar esse tipo de ataque e, por isso, já estou tomando as medidas necessárias para que os envolvidos sejam identificados e respondam na Justiça pelo que fizeram”.

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