Aprendi há quarenta e poucos anos que deve-se desconfiar de boleiros

Não se pode confiar em boleiros. Que baita ingratidão de Wallisson, ferindo o clube que lhe abriu as portas para o mercado!

Se o Jurídico da Ponte Preta será bem-sucedido para reversão do cenário com o recurso, apenas o tempo dirá. Mas é algo injusto

Wallison pode ir para o Cruzeiro
Wallisson foi vice-artilheiro da Ponte Preta, com cinco gols (Foto: Álvaro Jr. - Ponte Press)

Campinas, SP, 16 (AFI) – Na minha época de repórter de rádio, na década de 70, ao término de um jogo em que o Guarani havia sido derrotado, a boleirada estava na maior algazarra no vestiário, e porta fechada para a imprensa.

Questionado sobre a demora para o atendimento, o saudoso preparador físico Hélio Maffia, revoltado com aquele descaso dos jogadores, lascou:

“Enquanto o torcedor está triste com o tropeço, quem deveria estar preocupado, que são eles (apontando para os jogadores), não estão nem aí. E eles perderam o bicho”.

Aí o pontepretano se irrita com a insensibilidade do volante Wallisson, que autoriza o seu empresário a buscar liberação dos direitos econômicos na Justiça por atraso em depósito de FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), e fica em liberdade para negociar ingresso com outro clube – caso do Cruzeiro – sem entrada de dinheiro para a Ponte Preta.

Que baita ingratidão do atleta, ferindo o clube que abriu-se as portas para o mercado!

Se o Jurídico da Ponte Preta será bem-sucedido para reversão do cenário com o recurso, apenas o tempo dirá. Todavia, por essas e outras, aquele exemplo mostrado por Maffia, há quase cinquenta anos, me fez sempre suspeitar de posicionamentos de jogadores, embora saiba que haja raras exceções.

Ponte Preta com mandato de segurança
Wallisson deveria agradecer à Ponte Preta. (Foto: Comunicação AAPP)

NICOLAS CARECA

Estranho a comissão técnica do Guarani precisar de mais 15 dias para avaliação conclusiva sobre o centroavante Nicolas Careca.

Nunca se duvidou que trata-se de atleta voluntarioso, que disputa jogadas como um faminto por prato de comida, mas daí a imaginar que seja o atacante de recursos técnicos para o Guarani é um exagero.

Quando se cogitava a contratação dele, neste mesmo espaço surgiu a contestação, naturalmente com base naquilo que havia deixado de mostrar na passagem pelo CRB.

Enfim, os homens que decidem no clube são bem remunerados, e que sejam felizes.

LUCIANO CASTÁN E DEREK

Se o quarto-zagueiro Derlan foi se firmando como atleta de regularidade no Guarani, a lógica indica que a equipe tem a ganhar com a chegada de Luciano Castán para reposição da vaga.

Outra aposta válida dos dirigentes bugrinos foi a contratação do atacante de beirada Derek, de recente passagem pela Chapecoense.

Cheguei a observá-lo em uma partida e meia, antes de se lesionar, e em ambas convenceu com jogadas de velocidade, mesmo sendo atleta alto.


Quando recuperado, perdeu espaço e ficou na reserva. Qual a justificativa?

Comparativamente aos atacantes bugrinos desta temporada, a tendência é de ganho para o time.

Sobre os demais, que chegaram, não tenho posição definitiva e vou ‘tucanar’.

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