Funcionária denuncia presidente da CBF por assédio moral e sexual

Denúncias já haviam sido narradas pela funcionária a superiores hierárquicos há cerca de um mês e meio

Denúncias já haviam sido narradas pela funcionária a superiores hierárquicos há cerca de um mês e meio

Rio de Janeiro, RJ, 04 – Uma funcionária da CBF protocolou nesta sexta-feira uma acusação de assédio moral e sexual contra o presidente da entidade, Rogério Caboclo. A acusação foi formalizada perante a Comissão de Ética e a Diretoria de Governança e Conformidade da entidade.

A mulher, que não teve seu nome divulgado, diz ter sido vítima de várias condutas abusivas de Caboclo, desde abril de 2020. Ela afirma ter provas das condutas e pede que Caboclo seja afastado do cargo e investigado pela Justiça. Procurada pelo site e pela reportagem do Estadão, a CBF não havia se pronunciado até a publicação desta reportagem.

A mulher diz que Caboclo chamou-a de “cadela” e tentou forçá-la a comer um biscoito de cachorro. Em outra oportunidade, perguntou se ela se masturbava. Durante reunião com outros dirigentes da CBF, o presidente teria inventado relacionamentos da funcionária com pessoas ligadas à entidade.

Rogério Caboclo foi denunciado por assédio

Rogério Caboclo foi denunciado por assédio

A denunciante afirma que, durante todas essas condutas, Caboblo estava embriagado. Ela disse ainda que ele a orientava a esconder garrafas de bebida na entidade, para que Caboclo consumisse durante o expediente.

HÁ UM MÊS…
Essas denúncias já haviam sido narradas pela funcionária a superiores hierárquicos há cerca de um mês e meio, mas nenhuma providência foi tomada. Ao narrar os abusos, a funcionária pediu afastamento do cargo por motivo de saúde.

“Tenho passado por um momento muito difícil nos últimos dias. Inclusive com tratamento médico. De fato, hoje apresentei uma denúncia ao Comitê de Ética do Futebol Brasileiro e à Diretoria de Governança e Conformidade, para que medidas administrativas sejam tomadas”, afirmou a funcionária ao site.