Um outro Guarani começa a ser montado
Éder Sciola chega para a lateral-direita
por ARIOVALDO IZAC - - - Campinas

Quando o Guarani cogitou a contratação de Éder Sciola, início do ano passado, até carimbei a postura dos dirigentes, naturalmente com base naquele lateral-direito de frequentes transições ao ataque, relativa segurança na marcação e estatura para o cabeceio defensivo e ofensivo mostrados com a camisa do Paraná Clube.
Na ocasião Sciola preteriu o Guarani e, profissional que é, fez contrato com quem lhe ofereceu melhor condição financeira, caso do Oeste.
Eis a questão: o pessoal do Departamento de Futebol do Guarani acompanhou a trajetória de Sciola no Oeste?
Se sim, percebeu que até na reserva ficou naquele que foi o primeiro time rebaixado à Série C do Brasileiro de 2021?
Aos 35 anos de idade, Sciola teria lenha pra queimar, uma espécie de vaivém que se cobra de quem atua na sua posição?
O último histórico dele não recomendaria a contratação, mas já que a duração inicial será até o final do Paulistão, quem sabe ele surpreende?
AIRTON
A chegada do zagueiro Airton, ex-Avaí e Ponte Preta, deixa quase tudo do mesmo tamanho em relação ao antecessor Didi.
São jogadores razoáveis para um clube cujos recursos financeiros são calculados para fazer investimentos, como o Guarani.
E o volante Rodrigo Andrade, que esteve no CSA?
Sei lá eu. Assisti à vários jogos do time alagoano e confesso que não despertou atenção nem pro bem, nem pro mal.
HOMEM-GOL
Parceiros bugrinos habitualmente frequentadores dos comentários cobram o chamado dez - meia-de-armação - e centroavante.
De fato o Guarani teve carência do chamado homem-gol, embora Júnior Todinho, em lampejos individuais, andou encontrando o caminho do gol.
Na comparação lógica, agora a equipe é inferior àquela da última Série B, mas lembrem-se do bordão de que 'futebol é jogado e lambari pescado'.
Quem poderia supor que aquele mesmo time bugrino fadado ao rebaixamento nas mãos do treinador Ricardo Catalá fosse outro com a chegada de Felipe Conceição?
De repente, essa formação que o torcedor bugrino não leva fé pode dar liga e tudo mudar. Por que não?

Jornalista esportivo há 35 anos. Trabalhou, como jornalista, nas emissoras de Rádio Brasil, Educadora, Central, Jequitibá e Capital (São Paulo). Nos jornais: Diário do Povo e Jornal de Domingo, ambos de Campinas, e editor de Economia e Opinião do Jornal Todo Dia, de Americana.