Fortaleza, CE, 19 (AFI) – Não foi uma vitória com V maiúsculo como contra o Japão, mas deu para o gasto. O México ofereceu bem mais perigo do que os nipônicos, mas com Neymar inspirado, o Brasil conseguiu vencer por 2 a 0 e se aproximar da classificação à semifinal da Copa das Confederações.

Confira as notas da Seleção:

Júlio Cesar: Nota 5,5 – Bem mais tranquilo do que na estreia. Não foi exigido como na partida contra o Japão. Conseguiu sair bem em algumas jogadas de bola parada e como líbero. Fora isto, acompanhou com os olhos as finalizações do ataque mexicano.

Daniel Alves: Nota 4,0 – Mais uma vez não conseguiu desempenhar um bom futebol. No primeiro tempo, quase marcou num cruzamento errado, mas parou por aí. Novamente, se precipitou com a bola nos pés. Desta vez, foi um pouco melhor na marcação.

Thiago Silva: Nota 5,0 – O capitão fez mais uma partida segura e sem sustos. Bem pelo alto e por baixo, esteve no lugar certo em momentos importantes e conseguiu aparecer para cortar. Precisa parar com a mania de querer sair jogando. Arrisco e errou diversos lançamentos.

David Luiz: Nota 7,0 – Um gigante. Voltou a ser o grande zagueiro que se destacou com camisa do Chelsea. Assustou no primeiro tempo ao deixar o campo sangrando, mas voltou com tudo e não deu chances para Chicharito Hernandez sequer respirar com a bola nos pés.

Marcelo: Nota 5,5 – Com mais responsabilidade na marcação, caiu de rendimento. Teve bastante dificuldades para segurar o ataque mexicano, especialmente, no segundo tempo. Com a bola nos pés, é craque. Quando subiu ao ataque e fez dupla com Neymar, foi imparável.

Luiz Gustavo: Nota 5,0 – Discreto, mas efetivo na cabeça de área. Mais uma partida e segura na frente dos dois zagueiros, sem comprometer. A cada partida vem melhorando o entrosamento com Paulinho. Não comprometeu na saída de bola.

Paulinho: Nota 4,5 – Tímido, não é nem sombra daquele jogador mostruoso que veste a camisa 8 do Corinthians. Foi figura nula no meio-campo, não conseguiu nem ajudar Oscar na armação, nem Luiz Gustavo na saída de bola. Teve apenas uma participação boa, em uma arrancada. Não se surpreenda se perder espaço nas próximas partidas.

Oscar – Nota 4,0 – Dá um pouco de pena ver o talento de Oscar ser desperdiçado na forma como é escalado. Não tem características de armador, como pensa Felipão. Rende mais quando joga mais próximo ao gol, como um antigo ponta de lança. Errou muito e foi substituído.

Hulk: Nota 5,5 – É um dos jogadores mais participativos, tanto na defesa quanto no ataque. Apesar da presença constante em todas as partes do campo, erra bastante e acaba irritando a torcida. Caiu de produção em relação ao jogo contra o Japão, mas foi o desafogo no ataque.

Neymar: Nota 8,0 – Não existem elogios para o futebol apresentado pelo craque nesta quarta-feira. Mais uma vez mostrou seu cartão de visitas logo no começo da partida com um golaço, desta vez de perna esquerda. Foi o verdadeiro armador da Seleção Brasileira, deu grandes passes, tabelou e assustou o goleiro Corona. Precisa de um companheiro de ataque para melhorar.

Fred: Nota 1,0 – Parece que não esteve em campo. Não fez tabelas, não prendeu zagueiros, nem levou perigo. Só distribuiu caneladas e faltas no campo de ataque. Mesmo com a atuação discreta, para não dizer outra coisa, não sairá do time titular, pois Felipão não abre mão de um homem de área no seu ataque. Ganhou um ponto, pois não errou a letra do hino nacional.

Lucas: Nota 4,5 – Queridinho da torcida, entrou mais uma vez para alegra dos fão. Mais uma vez teve pouco tempo para mostrar seu futebol e pouco acrescentou ao jogo. Não conseguiu encaixar sequer um contra-ataque.

Hernanes: Nota 5,0 – Entrou no lugar na vaga de Oscar para dar cadência ao meio-campo e fazer o Brasil seguirar a bola. Deu mais qualidade ao passe, mas não conseguiu acionar Lucas e Neymar para puxar um contra-ataque decisivo.

Jô: Nota 6,0 – Teve a mesma “sorte” do duelo contra o México. Entrou em campo faltando cinco minutos e não acrescentou em nada ao ataque brasileiro, até estar no lugar certo e na hora certa para completar grande jogada de Neymar. Ajudou em algumas bolas aéreas.

Felipão: Nota 7,5 – Teimoso, manteve o esquema de jogo e mais uma vez calou os críticos com o futebol de resultado. Definiu muito bem a estratégia de fazer pressão no começo do jogo, marcar um gol e depois segurar o resultado. Encontrou um padrão de jogo, sem correr riscos. Mesmo assim, precisa resolver alguns problemas como na saída de bola e na aproximação a Neymar.

México: Nota 5,0 – Bastante pressionado antes de entrar em campo pela crise envolvendo seu treinador, tomou sufoco nos primeiros quinze minutos e acabou sofrendo gol. Mesmo assim, no restante do primeiro tempo, controlou as ações e chegou a ameaçar o gol de Júlio César. No segundo tempo, deu certo trabalho, atuando nas costas de Marcelo, mas foi perigoso e só.