Tribunal cassa 'liminar política' e devolve direitos de ex-dirigentes da Ponte Preta
Desembargador rasga elogios pelos relevantes serviços prestados pelos ex-presidentes Sérgio Carnielli e Vanderlei Pereira
por Agência Futebol Interior
Campinas, SP, 20 (AFI) - No início da noite dessa quarta-feira o desembargador COSTA NETTO, da 6.ª Câmara de Direito Privado do TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo) revogou a decisão liminar que havia sido proferida pelo juiz Maurício Simões de Almeida Botelho Silva, da 10ª Vara Cível de Campinas.
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A ação foi proposta pelo membro do conselho consultivo da Ponte Preta: o garçom Marcelo Bertho, divorciado, membro do conselho consultivo e morador no Parque Jambeiro, em Campinas.
AÇÃO DE CARÁTER POLÍTICO
A ação proposta pelo conselheiro, cuja motivação tem característica política, visava afastar os ex-presidentes Sérgio Carnielli e Vanderlei Pereira de suas funções no clube. O estranho é que eles, empresários respeitados na cidade, não ocupam mais nenhum cargo há bastante tempo.
O fato do ex-presidente Sérgio Carnielli ter recebido o título de ‘Presidente de Honra’, por seus relevantes serviços prestados ao clube ao longo de sua história, não o habilita a tomada de decisões na condução da Ponte Preta.
ELOGIOS AOS EX-PRESIDENTES
O desembargador em sua decisão não só determinou que os ex-presidentes Sérgio Carnielli e Vanderlei Pereira possam participar das reuniões do Conselho Deliberativo, como também fez longo reconhecimento e destaque à capacidade de ambos na administração e gerenciamento do clube. Mesmo porque eles exerceram funções executivas por muitos anos.
A decisão reconhece também que o fato deles serem credores da Ponte Preta não constitui razão suficiente para promover o afastamento do ex-presidentes das reuniões do Conselho Deliberativo.
PROJETO AMBICIOSO
A grande discussão é o fato de que o ex-presidente Sérgio Carnielli vem conduzindo, com bastante empenho e profissionalismo, o processo de construção da Arena Multiuso da Macaca, o que tem de forma estranha, irritado alguns conselheiros.
A Arena da Macaca pode ser, no futuro, a saída de independência econômica do clube como já aconteceu, por exemplo, com o Allianz Arena, do Palmeiras.
Mas a Justiça restabeleceu a ordem e a verdade permitindo que os ex-presidentes participem de todas as reuniões do Conselho Deliberativo, bem como continuem a colaborar com a suas reconhecidas capacidades.