Maldito crack ainda atormenta Régis Pitbull
Maldito crack ainda atormenta Régis Pitbull
por ARIOVALDO IZAC - -
Vídeo viralizado nas redes sociais mostra motorista de ônibus entregando dinheiro ao ex-jogador Régis Pitbull, que em seguida desce do veículo, monta em bicicleta e vai embora. Pela repercussão, o focalizado desmentiu que teria pedido esmola: “Eu não sou coitadinho. Ainda não me libertei do vício do crack, mas conto com amigos para me livrar dele”.
Régis Fernandes da Silva é um dos vários exemplos de quem atuou ou atua no futebol atrelado à dependência de drogas, principalmente o crack, de difícil recuperação. Publicação do G1-São Paulo mostra dados da ONG Família Crack Zero em que apenas 35% de 680 pessoas em tratamento obtiveram êxito. A psiquiatra Analice Gigliotti, em entrevista ao veículo Dourados Agora, de Mato Grosso do Sul, cita que há possibilidade do dependente largar o crack, mas a liberação definitiva da droga não existe.
Quando recém-saído do São Raimundo, do Amazonas, Régis atravessou período depressivo e amigos de Campinas optaram por interná-lo em clínica de reabilitação na cidade de Amparo (SP), em março de 2011. Descontrolado, agrediu outro internado, e foi desligado do local.
A Ponte Preta reabriu-lhe as portas para tratamento no joelho, visando recuperar condição de voltar ao futebol, até porque ele teve passagem marcante pelo clube de 1997 a 99, quando fez companhia a jogadores como os meio-campistas Piá, Fabinho, Mineiro, Claudinho e Adrianinho.
DRIBLES E GINGADOS

Em DVD produzido sobre seus lances capitais no futebol, enfatizou jogo contra o Atlético Mineiro, quando ‘limpou a jogada’ e marcou o gol da vitória por 2 a 1 no Estádio do Mineirão, em 1999. “Foi o dia que apedrejaram o ônibus que conduzia a delegação da Ponte, mas não nos intimidamos”.
Ele chegou à Ponte Preta precedido de experiência no Marítimo (POR), futebol japonês e turco. Isso até que em 2001 foi flagrado em exame antidoping com uso de maconha, quando jogava no Bahia.
Corinthians e Vasco deram-lhe nova chance, mas ele voltou a ser flagrado no antidoping sete anos depois na passagem pelo Rio Branco (MG). A carreira se arrastou até 2015 na Matonense.