Atacante André justificava apelido de 'Catimba'

Fez dupla com Maradona no Argentino Junior

Atacante André justificava apelido de 'Catimba'

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Apelidos de jogadores faziam parte do folclore do futebol, mas empresários deles e dirigentes passaram a proibi-los, e ainda exigiram que fossem identificados por nomes compostos. Assim, um dos últimos ídolos citado pelo pseudônimo foi o atacante Luís Fabiano, conhecido por Fabuloso.

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Em janeiro de 1976 desembarcou em Campinas o baiano Carlos André Avelino de Lima para assumir a camisa nove do Guarani, que na temporada anterior foi vestida por Volnei, Sérgio Lima e Juti.

Ele passou em jejum na estreia diante do Palmeiras, mas deixou a sua marca na vitória por 3 a 1 sobre o Santos, nesse time bugrino: Sidnei Poly; Miranda, Amaral, Nelson e Caíca; Flamarion e Davi; Amilton Rocha, Renato Morungaba, André Catimba e Ziza.

PROVOCADOR

André justificou o apelido de André Catimba por ter sido considerado um centroavante que provocava seus marcadores e, por conta disso, causava expulsões. Afora esse destempero, colaborava em vitórias das equipes que atuava pelos gols advindos do estilo brigador e oportunista, embora no Guarani não teve o esperado faro de gols, pois a partir do terceiro jogo da equipe no Torneio Laudo Natel ficou cinco rodadas sem balançar as redes.

CAMPOS

Em julho ganhou a companhia de outro centroavante – caso de Campos – e ambos atuaram juntos quando o então treinador Diede Lameiro chegou a arriscar o ousado esquema 4-2-4, num ataque formado por Roberto, Campos, André Catimba e Ziza.

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Do Guarani, André foi jogar no Grêmio e protagonizou um dos fatos marcantes na carreira com erro no salto quando comemorava o gol do título do Campeonato Gaúcho de 1977, conhecido como ‘voo de André Catimba’.

Na comemoração durante Grenal – vitória por 1 a 0 -, ele projetou cambalhota, mas erro no movimento fez com que caísse com o rosto no chão, e se contorceu em dor.

Assim acabou substituído por Alcindo, em jogo que marcou quebra da hegemonia de oito anos do Inter na competição.

COM MARADONA

Parte da carreira ele passou por clubes baianos, entre eles o Vitória. Também foi parceiro do saudoso Maradona no Argentino Junior em 1980, concluindo a trajetória no extinto Pinheiros (PR), Comercial (SP), Náutico, Ypiranga (BA) e Fast Club de Manaus, em 1985.

No histórico da carreira consta passagem pela Seleção Brasileira que enfrentou combinado estrangeiro em 1973. Em outubro passado ele completou 74 anos de idade.