Técnico do Palmeiras não viu pênaltis, mas estava convicto da vitória: 'Tinha que ser'

O português desceu ao vestiário e não viu Raphael Veiga, Gustavo Gómez, Zé Rafael, Piquerez, Rony e Murilo concluírem com competência as suas cobranças

A última vez que a equipe ganhara um duelo da marca da cal tinha sido na decisão do Paulistão de 2020 em cima do Corinthians, meses antes de o português desembarcar no Brasil

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Palmeiras perto de nova corrida à torcida (Foto: Divulgação/ Palmeiras)

São Paulo, SP, 11 – Abel Ferreira preferiu não ver as cobranças de pênaltis que colocaram o Palmeiras em mais uma semifinal da Copa Libertadores. Nervoso, o treinador tem por hábito não assistir esse tipo de disputa. Repetiu o costume na noite desta quarta-feira, mas viu, enfim, seu time quebrar a maldição da marca da cal com seis batidas perfeitas e eliminar o Atlético Mineiro.

O português desceu ao vestiário e não viu Raphael Veiga, Gustavo Gómez, Zé Rafael, Piquerez, Rony e Murilo concluírem com competência as suas cobranças. Também não assistiu a Weverton defender a batida de Rubens. “Fui pra baixo, ouvi minha música e disse: qualquer que seja o resultado vou agradecer e seguir meu caminho”, contou o treinador.

Ele revelou uma espécie de premonição. Disse que nem mesmo as duas expulsões de Danilo e Gustavo Scarpa abalaram sua fé de que o time, iria, enfim, vencer uma disputa de pênaltis, algo que não havia acontecido sob o seu comando. A última vez que a equipe ganhara um duelo da marca da cal tinha sido na decisão do Paulistão de 2020 em cima do Corinthians, meses antes de o português desembarcar no Brasil.

“Os pênaltis são competência e não conheço uma equipe que perde sempre e outra que ganhe sempre. Um dia iríamos ganhar. Hoje eu disse antes: vai ter que ser hoje, por todo o contexto. Menos um, menos dois, tinha que ser hoje”, justificou Abel, que ganhou a primeira disputa por pênaltis em seis que disputou.

O treinador enalteceu a força mental da equipe como atributo fundamental para a classificação, já que a equipe teve de permanecer concentrada na adversidade, e se adaptando a um cenário diferente de tudo o que havia sido combinado taticamente devido às expulsões de Danilo e Scarpa.

“Eu senti a equipe muito organizada. Ficamos com três no meio campo e ninguém na frente. Eu vi espírito da equipe. Hoje, o que esses jogadores mostraram aqui foi equilíbrio. Somos uma equipe equilibrada”, comentou o técnico.

Depois de cinco derrotas seguidas em decisões de pênaltis, os jogadores estavam pressionados. Mas um comentário de Abel amenizou a pressão e deixou os atletas mais serenos antes das cobranças.

“O Abel falou uma coisa que marcou muito. Não deixar a cabeça atrapalhar o que o corpo sabe fazer. A gente deixou o corpo fazer o que sabe, que é jogar futebol em alto nível”, contou o goleiro Weverton.

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