Ponte Preta não pode incidir na morosidade contra Tombense

Veja um Raio-X do Tombense. A probabilidade lógica é que mantenha o esquema usado diante do CRB contra a Ponte Preta, domingo, em Campinas.

O Tombense vai se fechar. Dai não se pode repetir o erro do CRB, que ficou só cruzando. No caso, meu caro, é dar milho pra bode.

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CRB empatou com Tombense. Foto: Francisco Cedrim - CRB

Campinas, SP, 1 (AFI) – Se diante do oscilante CRB o Tombense optou por excessivos cuidados defensivos, com variação de contra-ataques geralmente em velocidade, a probabilidade lógica é que mantenha o esquema diante da Ponte Preta, no jogo da manhã/tarde deste domingo, em Campinas.

E aí, como a Ponte Preta vai se virar para furar o esperado bloqueio defensivo?

Se fizer o mesmo que o CRB, de tocar a bola morosamente até a chegada ao ataque, o Tombense vai se reorganizar defensivamente, fechar os espaços, e aí provavelmente haja repetição daquilo que fez o time alagoano, de ficar cruzando bola.

Neste caso, meu caro, é dar milho pra bode.
FORÇA MINEIRA

O Tombense conta com dois zagueiros altos e com eficiência por cima, casos de Roger Carvalho – 35 anos e 1,84m de altura – e Joseph, 1,86m de altura. E, de sobra, um goleiro com precisão na saída da meta, que é Felipe Garcia, que também sabe jogar com os pés.

O CRB incidiu nesta postura e raramente ameaçou o time mineiro na quarta-feira.

O indicado, no caso, seria a Ponte Preta optar por transição rápida ao ataque, principalmente se o adversário estiver desguarnecido, e aí usar um de seus raros dribladores, que é Fessin, para se infiltrar na defesa adversária.

Apenas intensidade, como demonstrada pelo CRB, talvez seja insuficiente para se chegar à vitória.

DAVID E EWERTHON

Apesar das claras limitações do time do Tombense, duas características ficaram claras diante do CRB.

Se encontrar espaços para organizar contra-ataques, conta para isso com o rápido lateral-direito David e o meia Ewerthon, condutores de bola.

Problema é que os homens do ataque não ajudam, casos dos inoperantes Keké, Kleiton e Ciel.

Tombense também é talhado para saída de bola da defesa.

No caso específico, é providencial o recuo do volante Rodrigo, como se fosse um terceiro zagueiro – lembrando o estilo de Bruno Silva nos tempos de Guarani -, para valorização do passe.

Em linhas gerais e de seu jeito, o Tombense reagiu bem nesta Série B do Campeonato Brasileiro, saindo da lanterna para chegar ao 21º ponto, com retrospecto de não conhecer derrota nos últimos cinco jogos.

RESERVAS FRACOS

Em obediência à proposta competitiva do treinador Bruno Pivetti, vê-se um natural desgaste físico do time mineiro a partir da metade do segundo tempo.

Nem de longe o zagueiro Marcondes acompanha a regularidade de Roger Carvalho, assim como o lateral-esquerdo Reginaldo, com deficiência na marcação, não se equipara à regularidade do titular Manoel.


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