Cartolas do Guarani: Ben-Hur ainda não está preparado

Uma coisa foi se dar oportunidade para Thiago Carpini e Umberto Louzer; outra coisa é Ben-Hur. É preciso alguém mais rodada para sonhar com o acesso.

Pelo andar da carruagem, presume-se que vão dar corda ao interino Ben-Hur, para se constatar o prumo da equipe do Guarani. Não vai dar !

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Ben-Hur ainda verde pro cargo. Foto: Thomaz Marostegan - GFC

Campinas, SP, 9 (AFI) – BLOG DO ARI – Na iminência de se completar uma semana da demissão do treinador Daniel Paulista, nada da escolha de um sucessor para o comando do Guarani. Parceiro Léo Paraná já deu umas cutucadas nos cartolas, a fim de que acordem para a realidade. Pelo andar da carruagem, presume-se que vão dar corda ao interino Ben-Hur, para se constatar o prumo da equipe.

Alô Ricardo Moisés, presidente do Guarani: acorde pra realidade.

Uma coisa foi se dar oportunidade para Thiago Carpini e Umberto Louzer; outra coisa é Ben-Hur.

Dúvidas?

Conceitos dele no pós-jogo com a Ponte Preta falam por si só.

Preste atenção naquilo que Ben-Hur falou:

“A equipe (Guarani) respondeu bem. Entregou tudo que tinha que ser entregue. Vem fazendo bons jogos. Não acho que o time tenha jogado mal”.

A é, Ben-Hur!

Então o time bugrino foi bem na estreia, na derrota para o Brusque?

Se correspondeu durante o primeiro tempo diante do Sport, no segundo tempo foi inverso.

A vitória sobre o Criciúma, com aquele pênalti achado, significa que o time foi bem?

Correspondeu na derrota para o Grêmio?

E pela pressão do Náutico, no segundo tempo, aquele empate se ajustou ou não?

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MÉDIA COM A BOLEIRADA

Ora, ou Ben-Hur quis fazer média com a boleirada, ou anda vendo outros jogos do Guarani.

E mais: disse claramente que não fez nada diferente em relação ao demitido Daniel Paulista, justificando que precisava manter aquilo que estava sendo feito.

Mais que palavras – e equivocadas – Moisés e companhia deveriam considerar que falta rodagem ao interino pra enxergar as peças do tabuleiro, e isso deixei bem claro no comentário da edição anterior.

Exigir de atacantes de beirada contínua recomposição é tirar fôlego deles na metade do segundo tempo.

Se o lateral-esquerdo Jean Carlos, da Ponte Preta, supostamente seria o mapa da mina a ser explorado, na prática aconteceu o inverso: o pontepretano até ousou avançar, pois sabiamente, do outro lado, o treinador Hélio dos Anjos aplicou duplicidade de marcação, se necessária, com a presença do volante Ramon Carvalho por ali.

BRUNO JOSÉ

Ora, o que um treinador rodado e conhecendo as características de velocidade do atacante Bruno José faria?

Posicionamento seria avançado, para que fosse acionado com frequência nas costas de marcadores, pelo lado esquerdo da defesa da Ponte.

Isso obrigaria, em tese, a cobertura do lento quarto-zagueiro Fabrício.

Se quem, entre os bugrinos, poderia executar lançamentos estava bem marcado – caso do meia Giovanni Augusto – a ocasião mostrou a oportunidade para mudar a estrutura tática da equipe, apostando no 4-4-2.

O formato implicaria na entrada de outro meia – caso de Marcinho – para que a bola finalmente pudesse chegar em Bruno José que, a rigor, cumpriu aquele ritual de trocar de lado com frequência, com Júlio César.

LATERAIS

Pra encher o álbum, laterais do Guarani só avançaram na ‘boa’, diferentemente de outras ocasiões quando se projetavam para receber o passe no campo ofensivo.

Teria sido recomendação, devido à precaução de Ben-Hur?

Por tudo se viu e ouviu do interino, olhos arregalados, cartolas bugrinos.

E tragam treinador rodado se de fato a pretensão é brigar pelo acesso ao Brasileirão de 2023.

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